1

CFM reafirma Resolução do CNS contra EaD na saúde

O Conselho Federal de Medicina – CFM firmou posicionamento reforçando a luta da CNTS e do Conselho Nacional de Saúde – CNS contra a formação a distância de qualquer curso técnico e graduação na área da saúde. A denúncia da má qualidade do ensino à distância partiu da Confederação e foi confirmada pela fiscalização realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem, por determinação do Ministério Público. O debate do tema no Conselho foi proposto pela CNTS e o CNS aprovou a Resolução nº 515, contrária à autorização de todo e qualquer curso na área da saúde, pelos prejuízos que podem oferecer à qualidade da formação de seus profissionais e pelos riscos que estes profissionais possam causar à sociedade, refletindo uma formação inadequada e sem integração. Esta é mais uma conquista da atuação da CNTS.

Em entrevista dada à CNTS TV o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira, destacou que os números de cursos oferecidos na modalidade à distância têm sido muito grandes e vem aumentando constantemente. “Nós do CNS temos recebido das organizações que representam os profissionais de saúde a notícia que existe uma explosão de cursos de graduação na área da saúde para a modalidade do ensino à distância. Diversas organizações se posicionaram contra essa modalidade pelas razões do contato direto com a prática laboratorial”.

Segundo ele, a necessidade de discutir as diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação na área de saúde, pois a última alteração, aconteceu em 2002. “Houve muitas mudanças e avanços tecnológicos e vamos readequar e revisar para melhor atender a saúde do povo brasileiro. O Conselho chamou para si a responsabilidade de formatar e organizar essa discussão”, concluiu o presidente.

A iniciativa de fiscalizar os cursos em EaD partiu da CNTS, pois houve a preocupação levantada no sentido de que o debate deve envolver, também, os cursos de formação do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem, que representam 80% da categoria e cujas formação e funções exercidas são reguladas por cada Estado, sem fiscalização por parte do Ministério da Educação. Para o diretor de Assuntos Legislativos da CNTS, Mario Jorge Filho, a discussão desse tema tão importante não pode passar desapercebido. “Esperamos que a discussão resulte em medidas legais e administrativas que venham corrigir esse grave problema, que resulta em assistência desqualificada e, até mesmo, temerosa, por colocar em risco a vida das pessoas”, enfatizou Mário Jorge.

A Confederação apontou a “preocupação em razão das especificidades que redundam a área da saúde, não sendo possível a formação de profissionais por meio inadequados para tanto, até porque a atividade do cuidar ultrapassa as necessidades do capitalismo e a vida consiste no maior bem da humanidade, devendo ser preservada a todo custo”. A CNTS cobrou a fiscalização e acompanhamento mais rigoroso nas instituições formadoras, sob a justificativa de que “no ensino em saúde, por se tratar de ciências humanas, a teoria não pode ser dissociada da prática, sobretudo na área da enfermagem”.

 

CNTS

Deixe sua opinião

Enviando seu comentário...
Houve um erro ao publicar seu comentário, por favor, tente novamente.
Por favor, confirme que você não é um robô.
Robô detectado. O comentário não pôde ser enviado.
Obrigado por seu comentário. Sua mensagem foi enviada para aprovação e estará disponível em breve.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *