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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Centrais se preparam para combater reforma da Previdência de Bolsonaro

Sindicalismo

Entidades, que marcaram plenária para 20 de fevereiro, são contra qualquer proposta que fragilize, desmonte ou reduza o sistema público

O projeto de reforma da Previdência ainda não saiu, mas as centrais sindicais já se preparam para resistir ao que avaliam ser a principal investida do novo governo no campo social. Reunidos ontem, 15, na sede do Dieese, em São Paulo, dirigentes de oito centrais “reafirmaram sua posição contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social pública”. As entidades marcaram plenária nacional para 20 de fevereiro e pretendem monitorar de perto o andamento dos planos da equipe econômica de Jair Bolsonaro.

“Não temos até o momento nenhuma proposta oficial, são muitas sondagens”, lembrou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele acredita que a primeira versão pode ser apresentada na semana que vem ao presidente Bolsonaro pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas a tramitação de fato começará após a instalação do novo Congresso, no mês que vem.

Um dos principais itens do projeto, provavelmente, deverá ser a capitalização do sistema, semelhante ao modelo implementado no Chile em 1981, durante a ditadura Augusto Pinochet. Modelo que os sindicalistas consideram desastroso, e que naquele país se revelou negativo para os trabalhadores, porque pressupõe capacidade de poupança que nem todos têm. O resultado é que a maior parte dos aposentados chilenos recebem abaixo do salário mínimo e mais de 40% estão abaixo da linha de pobreza, conforme dados do professor e economista chileno Andras Uthoff.

Greve – Por enquanto não se fala em greve geral. Os sindicatos devem antes realizar plenárias estaduais e assembleias para decidir as formas de mobilização. Segundo os dirigentes, é preciso também apostar no diálogo com os trabalhadores, até porque grande parte deles votaram em Bolsonaro e precisa ser informada sobre as consequências das medidas que serão anunciadas.

Fonte: Rede Brasil Atual
CNTS

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