Centrais realizarão ato conjunto dia 11 de julho
As pautas dos movimentos sindical e social serão defendidas no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilização, no próximo dia 11 de julho em todo o país. As centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e Nova Central, o Movimento sem Terra – MST e a União Nacional dos Estudantes – UNE decidiram realizar atos conjuntos no sentido de destravar a tramitação das propostas de interesse da classe trabalhadora na Câmara dos Deputados, no Senado e nos gabinetes dos ministérios. As entidades avaliam que, somando-se às reivindicações das manifestações populares realizadas em todo o país nos últimos dias, será mais fácil dialogar com o governo e a sociedade e assegurar conquistas. Os dirigentes das Centrais estudam a possibilidade de, no dia 11, fazer uma grande concentração na avenida Paulista, em São Paulo, a partir do meio-dia. Em outras regiões, também haverá atos públicos. No ABC, a via Anchieta deve ser fechada pelos manifestantes. As entidades filiadas e vinculadas à CNTS participarão das mobilizações nos estados.
As reivindicações de mais recursos para saúde e educação, transporte de qualidade e com tarifas mais baratas, por segurança pública, pela garantia de direitos sociais e trabalhistas, pelo combate à corrupção, entre outras, coincidem com a pauta apresentada nas marchas dos trabalhadores. Nos atos de julho as centrais vão reivindicar, também, o fim dos leilões do petróleo; fim do fator previdenciário; redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário; reforma agrária; e rejeição do Projeto de Lei 4.330, que dispõe sobre a regulamentação da terceirização, trazendo prejuízos para as relações de trabalho. A mobilização dos trabalhadores vai reforçar a pauta trabalhista e incorporar reivindicações do conjunto da população, como melhoria no transporte urbano, mais investimentos em saúde pública e reajuste para os aposentados. A reforma política também foi debatida no encontro.
Dirigentes das Centrais devem se encontrar com Renan Calheiros, presidente do Senado; e Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados. O objetivo é acelerar a tramitação dos projetos de interesse dos trabalhadores e retirar da pauta da Câmara o projeto da terceirização. O Congresso ouviu a voz das ruas e apressou projetos. Chegou a hora de agilizar as matérias de interesse trabalhista, alegam os dirigentes. (Fonte: Com Agência Sindical e centrais)
Pauta Única das Centrais Sindicais:
Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
Fim do fator previdenciário;
10% do PIB para a Educação;
10% do Orçamento da União para a Saúde;
Transporte público e de qualidade;
Valorização das Aposentadorias;
Reforma Agrária;
Suspensão dos Leilões de Petróleo;
Contra o PL 4330, sobre Terceirização.
Propostas incluídas pelos movimentos sociais:
Reforma política e realização de plebiscito popular;
Reforma urbana;
Democratização dos meios de comunicação;
Pelos Direitos Humanos:
Contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas;
Contra a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais;
Contra a aprovação do Estatuto do Nascituro;
Pela punição dos torturadores da ditadura.