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Jaelcio Santana/ Portal Vermelho

Centrais lançam Agenda da Classe Trabalhadora para reverter retrocessos

Sindicalismo

Com a presença de mais de 300 sindicalistas, as centrais sindicais UGT, Força Sindical, CUT, CSB, CTB, Nova Central e Intersindical lançaram a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora: Democracia, Soberania e Desenvolvimento com Justiça Social. O documento, que vai pautar as ações das centrais este ano, será entregue a todos os candidatos à presidência da República, bem como aos deputados e senadores. A entrega do texto será o início de uma grande mobilização dos trabalhadores em todo o país. Também foi aprovado que 10 de agosto será o Dia Nacional de Luta, com mobilização e paralisações dos trabalhadores nas principais cidades do Brasil.

Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a Agenda visa ajudar o país a sair da terrível crise econômica que está vivendo. “Desde 2004, as centrais sindicais constroem um conjunto de ações. Nas marchas, nós construímos propostas. O objetivo é fazer o debate público e influenciar o processo eleitoral”.

Além disso, os sindicalistas querem fazer o contraponto às medidas que fragilizam a proteção do trabalho. Entre as propostas, eles defendem a revogação das Leis 13.467/2017 – reforma” trabalhista – e 13.429/2017 – terceirização –, além da Emenda Constitucional 95, que limita gastos públicos durante 20 anos. “As eleições de 2018 são uma oportunidade para recolocar o país em outra trajetória de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, afirmam as centrais no manifesto que abre o documento.

“Esse documento é para o desenvolvimento do país, geração de emprego e para que o Brasil volte a crescer e dar tranquilidade à população. É um plano nacional de desenvolvimento que precisamos, com fortalecimento da democracia e revogação das leis que tiram direitos dos trabalhadores”, destacou o novo presidente da Força, Miguel Torres.

Para Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores, é preciso somar forças para que o conjunto de proposta chegue a todos os trabalhadores. “A ideia é que essa Agenda faça parte das discussões em todo o Brasil. Vamos trabalhar com as redes comunicação sindical, redes sociais e também a grande mídia. Para chegar ao chão de fábrica é preciso um bom processo de divulgação. Nós queremos que seja uma ação de massa”, explica.

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, definiu a Agenda como um confronto a visão neoliberal que vem prevalecendo. “Compete aos movimentos sindical e sociais darem curso a uma nova ordem política. O documento pressupõe um diálogo maior e melhor com o povo. Precisamos esclarecer o quanto é importante a defesa da nossa soberania, de patrimônios como a Petrobras, Eletrobras e o pré-sal. Além de mudar o curso Emenda Constitucional 95 que congelou os investimentos por 20 anos”, ressaltou.

O dirigente Alvaro Egea, que representou a Central dos Sindicatos Brasileiros, destacou que a partir de agora, todas as ações reafirmarão, não só os pontos do documento, mas a insatisfação da classe trabalhadora. “O trabalhador está sofrendo com uma alta taxa de desemprego e a agressão constante aos nossos direitos. Isso precisa mudar e nós vamos pressionar as forças políticas rumo a essa mudança”, diz.

Confira a íntegra do documento, clicando aqui. (Com Mundo Sindical, Portal Vermelho, Rede Brasil Atual e UGT)

CNTS

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