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Foto: Gov. de São Paulo

Brasil chega a marca de 5 milhões de casos de Covid-19

Coronavírus

País registra 734 mortos nas últimas 24 horas, totalizando 148.228 vítimas. Número de casos chegou a 5.000.694, com acréscimo de 31.553 novas ocorrências.

Com o acréscimo de 31.553 novos casos oficialmente registrados de Covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil superou, na quarta, 7, a marca de 5 milhões de infectados pelo novo coronavírus. Os dados são fornecidos pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde – Conass. No período, foram mais 734 mortos pela doença. Com isso, são 148.228 vítimas desde o início do surto no país, em março. O total de casos soma exatos 5.000.694 infectados.

Os números revelam que o cenário da pandemia no Brasil segue entre os piores do mundo. Em números totais, apenas os Estados Unidos contam mais vítimas do que o país latino-americano. Já em relação aos infectados, além dos norte-americanos, apenas a Índia supera o Brasil. O país asiático tem a população mais de seis vezes maior.

A pandemia de Covid-19 é a maior crise sanitária da humanidade em mais de 100 anos, após a gripe espanhola de 1918. Entretanto, a gravidade do cenário não foi considerada por parte da classe política brasileira. Em especial o governo federal. O presidente, Jair Bolsonaro, desde o início do surto, minimizou a doença, negou a ciência e trabalhou contra as medidas de controle.

Contrariando indicações da ciência e da Organização Mundial da Saúde – OMS, o Brasil é um dos países do mundo que menos testa para a Covid-19; menos de 9% da população passou por algum exame do tipo. O resultado é uma imensa subnotificação de casos e mortos.

Falta de ações – As medidas mais intensivas de isolamento social são indicadas, prioritariamente, para que não houvesse colapsos em sistemas de saúde, como visto em Manaus. “Lockdown inicial é um passo importante pra reacomodar o sistema de saúde (como abrir novos leitos)”, explica o doutor em microbiologia e divulgador científico Atila Iamarino.

De fato, países como o Uruguai – 2.117 casos e 49 mortes – não adotaram isolamentos obrigatórios tão intensivos e conseguiram controlar a doença. O bom resultado veio a partir do uso do bom sistema público de saúde para efetuar rastreio de contágios e isolamentos localizados. No Brasil, a grande estrutura do SUS poderia ter sido usada com a mesma finalidade, mas faltou coordenação do governo federal no combate à doença.

Atila afirma também que isolamentos radicais prolongados são insustentáveis, mesmo do ponto de vista da saúde pública e econômica. ”É como começar uma maratona com um sprint. Em longo prazo, rastreio de contatos e fechamento pontual funcionam melhor. Não fazemos nenhum dos dois”, finalizou.

Fonte: Rede Brasil Atual
CNTS

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