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Ato homenageia profissionais da enfermagem que perderam a vida no combate à Covid-19

Enfermagem

Evento simbólico, organizado pelo Fórum Nacional da Enfermagem, composto pela CNTS, ABEn, Anaten, Cofen, CNTSS, FNE e ENEEnf, em parceira com o SindEnfermeiro-DF, marca a Semana Nacional da Enfermagem.

Exibindo cruzes, balões, velas e cartazes pedindo valorização e proteção, os profissionais da enfermagem realizaram, na noite da quinta-feira, 20, ato simbólico em memória dos trabalhadores da categoria que foram vítimas da Covid-19. Na manifestação organizada pelo Fórum Nacional da Enfermagem, composto pela CNTS, ABEn, Anaten, Cofen, CNTSS, FNE e ENEEnf, em parceira com o SindEnfermeiro-DF, foram expostos alguns nomes de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuaram na linha de frente no combate ao coronavírus e perderam suas vidas. O ato simbólico, que aconteceu na Esplanada dos Ministérios, marcou a Semana Nacional da Enfermagem.

“A nossa mais sincera homenagem a todos os trabalhadores da área da saúde, que abraçaram com firmeza esta profissão e são exemplo para a nossa sociedade. Eles vão continuar sendo exemplo não apenas durante a pandemia, vão ser exemplo durante o nosso exercício profissional. Pois, quem gosta e faz a saúde não larga jamais esta profissão”, afirmou o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna.

Castagna ressaltou que além de homenagear a memória das vítimas, o ato também tinha como objetivo cobrar a valorização da categoria, através de projetos em tramitação no Congresso Nacional, como o piso salarial nacional e a regulamentação da jornada de 30 horas semanais. “Neste momento precisamos, acima de tudo, ser vistos também como trabalhadores, não apenas como pessoas que se doam a causa de cuidar. Precisamos ser vistos como mães que precisam de dois empregos para sustentar sua família. Como mães que precisam deixar seus filhos em casa para passar a noite na UTI de um hospital. E que infelizmente, mesmo assim, os profissionais não têm a valorização que merecem. O que nós esperamos dos gestores e políticos deste país é que as homenagens não fiquem em vão e que não olhem para os profissionais da saúde apenas neste momento. Que os projetos que estão nesta Casa há mais de 20 anos sejam desengavetados, colocados em votação e aprovados. Se o governo quiser proteger os trabalhadores da enfermagem, ele precisa de fato garantir condições adequadas de trabalho, salários dignos e justos”, cobrou.

A coordenadora do Fórum, Neuza Freitas, cobrou também a aprovação das pautas históricas da enfermagem, a segunda maior categoria do país. “Nós somos mais de 2.5 milhões da categoria da enfermagem. Somente perdemos para os metalúrgicos. E nossa categoria é composta 80% por mulheres. E mulheres sabem fazer revolução. Temos um projeto que está tramitando mais 20 anos no Congresso Nacional, por isto, ou vamos reagir agora ou vamos continuar sendo chamados de anjos. Anjos de asas quebradas, pois não têm direitos, não têm uma carga horária justa e um piso salarial”.

A deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) esteve presente durante o ato destacou a importância da movimentação feita pelos trabalhadores da enfermagem. “Os parlamentares não irão votar – o PL 2564/2020 – se não houver pressão popular. As poucas conquistas que acontecem no Congresso são frutos de movimentações populares. A enfermagem está de parabéns porque vem se organizando. A pandemia negritou de valorizar os profissionais da enfermagem. Eles não são heróis e não merecem só palmas, mas sim uma verdadeira valorização. E essa valorização precisa ser concreta. Para ser concreta, ela precisa do piso salarial e das 30 horas”, afirmou a deputada.

Vacinas – Além de prestar solidariedade a todas as vítimas da Covid-19, a representante da Federação Nacional dos Enfermeiros – FNE, Solange Caetano, também cobrou medidas de autoridades do país para conter a pandemia e que toda população seja vacinada. “Nós atingimos uma marca muito triste, são quase 500 mil vidas perdidas. Isso não é qualquer coisa. E perder um ente querido, neste momento, é muito doloroso, pois não passamos pelo ritual da perda. Nem sequer podemos nos despedir daqueles que deram suas vidas para cuidar de outras vidas. E o pior de tudo isto, é continuarmos vendo, todos os dias, o presidente da República na sua atitude negacionista, dizendo que é só uma gripezinha, que muitos vão morrer e que a vacina não resolve. Eu quero vacina, sim. Quero vacina para os profissionais da saúde, para todos aqueles que estão na linha de frente, para os trabalhadores, para a sociedade brasileira. Quero salvar a vida do povo brasileiro, mas isto só será possível com vacinas e responsabilidade. Isto são ações de enfrentamento da pandemia que não foram vistas pelo Ministério da Saúde e pelo presidente, até o presente momento”.

Fonte: Com informações do SindEnfermeiro-DF
CNTS

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