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Foto: Pixabay

Anvisa alerta que a ivermectina não tem eficácia contra a Covid-19

Saúde e Ciência

Medicamento usado contra parasitas pode provocar diarreia, náusea, fraqueza, dor abdominal, anorexia, constipação, vômitos, tontura, sonolência, vertigem, tremor e erupções na pele.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa alertou que não há estudos conclusivos comprovando a eficácia do remédio ivermectina no tratamento de Covid-19. O remédio, utilizado no combate a vermes e parasitas, tem sido amplamente divulgado como opção para tratamento e prevenção da doença. No entanto, não existem estudos conclusivos que comprovam a eficiência dele contra o novo coronavírus em pessoas.

O órgão ligado do Ministério da Saúde informou também que automedicação traz riscos à saúde, sendo necessária a prescrição médica para tomar um remédio. A Anvisa esclareceu ainda que não há produto farmacêutico aprovado no Brasil para a prevenção ou o tratamento da doença, mas apenas para combater os principais sintomas, como a febre.

O órgão listou os principais efeitos colaterais do medicamento: diarreia, náusea, fraqueza, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos. Também pode provocar tontura, sonolência, vertigem e tremor. Na pele, pode causar prurido, erupções e urticária.

“Inicialmente, é preciso deixar claro que não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus”, diz trecho de nota da Anvisa.

A ivermectina é um medicamento indicado contra vermes parasitas que, em testes “in vitro”, ou seja, feitos sem o uso de seres vivos, mostrou ter uma atuação contra vários tipos de vírus. A Anvisa disse ter localizado 26 estudos clínicos que analisam a eficácia do remédio contra a Covid-19, dos quais apenas um é feito no Brasil, na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, com previsão de término em julho de 2021.

“Não existem, ainda, resultados conclusivos sobre a eficácia da ivermectina no combate à Covid-19. Também não existem dados que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença. Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo”, diz trecho da nota.

Mesmo não existindo ainda medicamentos aprovados para a prevenção e tratamento da Covid-19 no Brasil, cidades como Itajaí/SC começaram nesta semana a distribuir doses da ivermectina à população. Só no município catarinense, mais de 3 milhões de doses foram compradas.

Fonte: Com O Globo e UOL
CNTS

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