Foto: Roberto Parizotti/CUT

22 de março é dia de mobilização e luta contra a reforma da Previdência

Reforma da Previdência

Decisão foi tomada pelas centrais sindicais durante reunião, em São Paulo. Os sindicalistas querem derrubar o discurso do governo Bolsonaro que a proposta acaba com privilégios e mostrar que a medida aprofunda desigualdades e prejudica mulheres e idosos carentes.

As centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB decidiriam realizar em 22 de março, o Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência. A mobilização, segundo os sindicalistas, é aquecimento rumo a greve geral em defesa das aposentadorias. A decisão foi tomada em reunião na terça-feira, 26, em São Paulo.

Na avaliação dos dirigentes, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 6/2019 que o governo de Jair Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional na semana passada é muito pior do que propostas anteriores. A PEC dificulta o acesso e reduz o valor dos benefícios ao estabelecer a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens, 62 para as mulheres e aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos, além de retirar da Constituição o sistema de Seguridade Social brasileiro.

Além do dia de mobilização, as entidades decidiram aumentar a pressão junto aos parlamentares, seja em suas bases ou nos aeroportos, em todos os locais onde eles circulem para que todos saibam que se “votar, não volta”.

As centrais deverão se reunir também com os movimentos sociais, lideranças partidárias e religiosas, estudantes e mulheres para deliberar uma forma conjunta de luta contra o fim da aposentadoria.

Os sindicalistas também endossaram o apoio ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para mostrar as trabalhadoras que elas são as mais prejudicadas com a reforma da Previdência. Pois pelas regras de transição apresentadas pelo governo, elas vão trabalhar mais sete anos e contribuir mais 10 para ter aposentadoria integral. Homens terão mais cinco anos de trabalho e contribuição. As trabalhadoras rurais terão que trabalhar cinco anos a mais para se aposentar e as professoras terão que contribuir mais cinco para se equiparar aos homens.

 

Fonte: Com informações da CUT
CNTS

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