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Foto: Jornalistas Livres

13 de Agosto: Brasileiros vão às ruas do país contra reforma da Previdência e cortes na educação

Brasil

Luta para impedir retrocessos na aposentadoria e na educação une diversas categorias nas ruas de todo o país na próxima terça-feira,13. Sabendo do potencial das mobilizações, o governo autorizou o uso da Força Nacional durante os protestos.

Com incentivos bilionários de emendas por parte do governo, os deputados aprovaram a reforma da Previdência, medida que pode acabar com as aposentadorias dos brasileiros. Mas nem tudo está perdido e a luta agora será no Senado Federal. E uma das armas para barrar a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 6/2019 começa na próxima terça-feira, 13, através de mobilizações em todo o Brasil, com estudantes, trabalhadores, funcionários públicos, trabalhadores rurais e entidades sindicais unidos no Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves contra a reforma da Previdência. Até mesmo as Forças Armadas estão preparando atos contra o projeto de reestruturação dos militares.

Além da mobilização contra a PEC que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, que estabelece a obrigatoriedade da idade mínima para se aposentar de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres, que limita o benefício à média de todos os salários, os protestos também visam combater os cortes no orçamento da educação. Além dos cortes de recursos, que afetam não somente as universidades, mas também o ensino básico, a UNE e outras organizações apontam o programa ‘Future-se’ como um ataque à autonomia universitária e um caminho para a privatização do ensino superior no país.

No mesmo dia, milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas marcharão em Brasília por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência na Marchas das Margaridas.

Tantas vozes reunidas lutando por um futuro melhor para o país desagradou o governo, que autorizou o uso da Força Nacional contra os protestos. Ontem, 8, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, atendeu pedido do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e publicou a Portaria 686 que autoriza a atuação da Força Nacional contra os protestos de estudantes marcados para a próxima terça-feira. Inicialmente, o documento estabelece ação na Esplanada dos Ministérios, mas pode ser estendida aos campi das universidades federais em qualquer cidade. O PSOL e o deputado federal José Guimarães (PT/CE) apresentaram projeto de decreto legislativo para sustar a portaria do governo Bolsonaro. “Esta portaria é uma clara intimidação contra o direito de organização popular e de manifestações. As ameaças de Moro e Bolsonaro não impedirão que os estudantes saiam às ruas no próximo dia 13”.

CNTS

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