Foto: Júlio Fernandes/AG. Fulltime

Confederações aprovam reivindicações aos presidenciáveis

Política

O Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST aprovou documento contendo reivindicações dos trabalhadores e do sistema confederativo aos candidatos presidenciáveis e demais postulantes aos cargos do Congresso Nacional. A decisão foi aprovada no Encontro Nacional Dialogar para Retomar o Trabalho e o Emprego, na quinta-feira, 30, em Brasilia. O vice-presidente da CNTS e dirigente do FST, João Rodrigues, acredita que as propostas apresentadas pelo Fórum têm potencial para promover a retomada do emprego no país. “A população brasileira está sem perspectiva de vida com falta de trabalho para 27,6 milhões de pessoas. A reforma trabalhista e a terceirização revelaram-se sinônimo de precarização e desemprego. Os políticos precisam ouvir a classe trabalhadora e o movimento sindical, por isso acredito que as propostas que apresentamos serão benéficas ao país”, afirmou.

O documento aprovado destaca, entre outros pontos, a imediata necessidade de criação de frentes de trabalho para a retomada do crescimento e a geração de emprego e renda; a revogação da reforma trabalhista aprovada no governo Temer; reformulação da lei da terceirização; a defesa das aposentadorias; a supressão da PEC de controle de gastos – EC 95/2016; o aumento dos investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública; e o fortalecimento da Previdência Social e do sistema sindical confederativo.

O texto ainda será finalizado, pois cada confederação filiada vai inserir as reivindicações específicas de cada setor. “A CNTS propõe a inclusão no texto de medidas que resguardem o SUS, no que se refere ao financiamento adequado e permanente, e a qualidade da assistência aos usuários dos serviços de saúde”, destaca o secretário-geral da Confederação, Valdirlei Castagna.

“Os trabalhadores vivem um momento de grandes prejuízos que podem ser observados pela falta de investimento público e privado, e consequente dificuldade na prestação de serviços à sociedade, com aumento do desemprego, redução de renda, aumento da pobreza e, por fim, o fechamento de empresas” ressalta o documento.

O FST critica que “as políticas implementadas recentemente, como a Emenda Constitucional 95/2016 que estabelece teto de gastos da União; a privatização de empresas públicas; a reforma trabalhista e terceirização; a proposta de reforma da Previdência Social; e o esvaziamento de órgãos de fiscalização e de políticas públicas de proteção social, promovidas sem debate aprofundado com os atores interessados, fomentadas somente no aspecto fiscal, geraram um efeito antissocial”.

Assim sendo, entende que “ a mudança desse quadro deve ser restabelecida pelo diálogo democrático para construção do crescimento econômico e social, com trabalho e empregos com garantia de direitos, investimentos sociais, políticas de proteção e promoção social e de igualdade para os trabalhadores, urbanos e rurais, do setor público e privado”.

O evento teve a participação de dirigentes da CNTS e federações filiadas, além de dezenas de lideranças e dirigentes de confederações, federações e sindicatos das demais categorias e foi marcado por duras críticas ao desemprego, vivida atualmente pelos trabalhadores e à reforma trabalhista do governo Temer pela supressão de direitos sociais, a precarização dos contratos e o desmonte das organizações sindicais.

 

CNTS

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