A CNTS irá ingressar com uma ação coletiva para assegurar o direito à indenização aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde que sofreram sequelas em decorrência da Covid-19. A iniciativa abrangerá a base inorganizada da Confederação, ou seja, localidades onde não existam federações ou sindicatos formalmente registrados, garantindo amparo jurídico aos profissionais que muitas vezes estão desassistidos em seus direitos. A deliberação sobre a ação ocorreu durante reunião online da Diretoria da CNTS, realizada nesta sexta-feira, 25 de julho.

Dados da Internacional de Serviços Públicos (PSI) revelam que ao menos 4.500 profissionais da saúde perderam a vida nos dois primeiros anos de pandemia no Brasil, sendo a maioria auxiliares e técnicos de enfermagem, com estimativa de que dois terços das vítimas não tinham carteira assinada. Já a Anistia Internacional apontou que o Brasil foi o terceiro país com mais mortes de profissionais da saúde por Covid-19, atrás apenas do México e dos Estados Unidos.

Esses números evidenciam a relevância e urgência da ação da CNTS, que busca responsabilizar o Estado pela ausência de medidas eficazes de proteção durante a pandemia e garantir reparação a quem ficou com sequelas físicas ou psicológicas durante o exercício da sua profissão. A Confederação será representada na ação pelos escritórios Teixeira & Castro, Solange Caetano, Gonçalves Bonifácio & Brito e Marinho & Caetano.

Durante a reunião, a Diretoria também destacou o andamento do Primeiro Curso de Formação Sindical da CNTS, projeto estratégico de qualificação de dirigentes sindicais para fortalecer a base sindical em todo o país. A primeira etapa foi realizada com dirigentes dos Sindicatos dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), abordando temas como negociação coletiva, estratégias de mobilização e políticas públicas de saúde.

A próxima etapa ocorrerá no segundo semestre deste ano, voltada aos dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Sul (FEESSERS), ampliando a capilaridade da formação sindical e fortalecendo a capacidade de defesa dos direitos trabalhistas nas diversas regiões.