O dia 09 de setembro de 2022 ficará marcado na memória de todos os profissionais da enfermagem brasileira. Será lembrado como o dia em que a categoria deixou claro que não vai admitir retrocessos na conquista do piso salarial. Atendendo a convocação das entidades nacionais e locais representativas da categoria, a enfermagem foi às ruas. Protestou contra as ameaças do não cumprimento do piso pelo setor empresarial. Criticou as medidas judiciais impetradas pela patronal que tenta desconstituir a legalidade da Lei 14.434/22. Protestou contra o STF por ter concedido liminar que suspende temporariamente os efeitos da lei. E reivindicou das autoridades competentes a definição urgente das fontes de recursos capazes de sustentar o pagamento do piso salarial.

“A grande demonstração de luta e capacidade de mobilização da categoria em vários cantos do país deixa nítido que haverá resistência na defesa do piso salarial, conquistado depois de anos de batalha. A enfermagem demonstrou que está disposta a qualquer coisa para defender seus direitos e a possibilidade de uma greve geral do setor é concreta”, afirma Valdirlei Castagna, presidente da CNTS, uma das entidades que sempre esteve na linha de frente das negociações pela aprovação do PL 2564 e da PEC 11, e, agora, da discussão para implantação do piso e da aprovação das fontes de financiamento.

Castagna ainda acrescenta que a Confederação está tomando todas as medidas cabíveis para que a ADI 7222, impetrada pelos patrões que não querem pagar o piso, não prospere e que a liminar seja derrubada. “A CNTS vai defender fervorosamente os direitos dos profissionais no Supremo. Contudo, a mobilização da categoria deve continuar, pois isso será importante para que o Congresso Nacional e o governo federal agilizem a aprovação de medidas que garantam recursos para o pagamento do piso salarial da Enfermagem”.