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Foto: Getty Images

Síndrome de Burnout afeta todos os que trabalham em hospitais

Saúde

Estudo da Universidade do Porto revela que a síndrome do esgotamento profissional afeta todos os profissionais que trabalham em hospitais, independentemente da função que desempenham.

Recente estudo coordenado pela Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, em Portugal, concluiu que a Síndrome de Burnout afeta todos os profissionais que trabalham em hospitais, independentemente da função que desempenham. Os pesquisadores sublinham, por isso, que os programas que visem reduzir os níveis de fadiga física e mental nesta população devem ter em consideração todas as categorias profissionais, e não apenas os profissionais de saúde que lidam de forma mais direta com os doentes.

Ao mesmo tempo, quando se compara os níveis de exaustão emocional em todas as categorias profissionais, constata-se que os auxiliares médicos têm significativamente menor probabilidade de apresentar exaustão emocional em comparação com os enfermeiros.

A pesquisa, publicada na revista inglesa Occupational Medicine, surgiu para tentar corrigir a falta de informação sobre a prevalência do Burnout em profissionais hospitalares cujas funções não estavam diretamente ligadas ao tratamento da doença. Como explica Ana Henriques, investigadora do ISPUP, “a síndrome do burnout era mais frequentemente avaliada em médicos e enfermeiros, havendo menos evidência sobre a sua prevalência em outras categorias profissionais que trabalham em contexto hospitalar”.

A síndrome do esgotamento profissional, como é conhecida, é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, especialmente nas áreas de educação e saúde. Em termos de incidência, o Brasil só perde para o Japão, onde 30% dos profissionais possuem a doença.

A CNTS tem grande preocupação com a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores da saúde que estão expostos a diferentes fatores de estresse que afetam seu bem-estar, como por exemplo, a longa jornada de trabalho, a falta de reconhecimento profissional, a alta exposição a riscos, o assédio, bem como o contato direto com o sofrimento, a dor, hostilidade e, não raras as vezes, a morte.

Fonte: Com Universidade do Porto
CNTS

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