FST realiza atividades de resistência ao desmonte trabalhista nos estados
Como parte da agenda programática do Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST, as ações do Movimento Resistência – Por um Brasil Melhor nos estados têm como principal objetivo conscientizar a população dos efeitos maléficos das propostas de “reformas” do governo Temer. As 22 confederações que compõem o FST se dividiram em cinco comitês, responsáveis cada um por, no mínimo, cinco estados da federação. Até o momento já foram realizadas ações em Rondônia e Mato Grosso do Sul.
O próximo da lista é o Piauí, que recebe as atividades do movimento dia 6 de outubro. Membro do comitê dois, a CNTS será responsável por colher assinaturas, além do Piauí, em outros quatro estados, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Tocantins. O objetivo é criar núcleos de trabalho nas cidades, de forma a fomentar o debate junto à sociedade e coletar assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular para revogar a Lei 13.467/17. As ações têm mobilizado muitos trabalhadores na defesa de seus direitos.
Segundo o coordenador do Fórum, Artur Bueno, a ideia é que estas mobilizações durem até novembro, culminando com a apresentação da proposta à Câmara. “Esperamos mostrar ao parlamento, ainda este ano, o projeto de iniciativa popular, que nada mais é do que a representação da vontade popular no sentido de invalidar o PL 13.467/17, que retira inúmeros direitos da classe trabalhadora. Precisamos fazer um trabalho de conscientização não apenas dos trabalhadores, mas da sociedade, de forma geral, para que possamos ter uma política que atenda às necessidades do povo brasileiro. Contudo, não teremos justiça social com a atual classe política”, disse.
Para a CNTS, o papel das bases será fundamental nesta resistência. “A Confederação não medirá esforços para orientar todas as entidades sindicais e os trabalhadores sobre esta legislação. Veremos até onde podemos ir para barrar esta reforma, entrando com recursos judiciais, fazendo campanhas e o que mais for necessário para que a classe trabalhadora não assuma o prejuízo que o governo está imputando aos trabalhadores”, afirmou o vice-presidente da CNTS, João Rodrigues Filho.