Centrais elaboram propostas para alterar reforma trabalhista

Com o intuito de debater o plano de ação contra a nova legislação trabalhista e a retomada da tramitação no Congresso Nacional da reforma da Previdência – PEC 287/16, as centrais sindicais Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CSB se reuniram em São Paulo, ontem, 24. Os debates resultaram na elaboração de medida provisória modificando pontos da reforma trabalhista sancionada pelo presidente da República, entre eles o trabalho intermitente, a homologação da rescisão do contrato de trabalho e uma alternativa para o fim da contribuição sindical. O texto será apresentado ao governo e ao Congresso como posição unitária do movimento. A CUT não participou da reunião, mas se comprometeu a encaminhar as deliberações.

Também ficou definida a formação de agenda unitária e a criação de um jornal de circulação nacional para esclarecer as graves consequências da implementação das novas normas inseridas no texto da Lei 13.467/17 – que trata da reforma trabalhista –, aprovada, sem emendas no Senado Federal como PLC 38/17, e sancionada, sem vetos, pelo presidente Temer.

Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, a atual conjuntura política do Brasil exige unidade. “Com uma proposta única conseguiremos chegar com mais facilidade nos trabalhadores das nossas bases. É preciso definir uma ideia de trabalho que sirva para todos”, ressalta.

O presidente da CSB, Antônio Neto, reforça que sem unidade sindical não existe mínima chance de sucesso. “Se for para negociar individualmente, cuidando, cada central, apenas de suas bases, esse governo vai continuar fazendo o que quer. Nossa força está na unidade”.

“Ela acaba com qualquer relação trabalhista. Deixa os trabalhadores à mercê dos patrões, privatizando o emprego. Nós da Nova Central, não vamos jamais compactuar com isso”, frisou o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos.

De acordo com o secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, as centrais devem avaliar em profundidade os impactos da reforma trabalhista, a fim de definir estratégia de resistência eficiente contra a precarização que se instalará no mercado de trabalho. “Não podemos vir com propostas mirabolantes. Temos que definir essas ações com os pés no chão. Temos que encontrar saídas que sejam viáveis”, ponderou.

Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, as negociações com o governo avançaram pouco até agora. “Será fundamental a pressão em Brasília, com mobilização e negociação junto ao Congresso Nacional para criar um ambiente mais favorável para as propostas das centrais”, afirma Santana. (Com Agência Sindical)

CNTS

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